Não desobedecer não é o mesmo que obedecer (Mateus 21.28-32 e Lucas. 6.46).
Jesus realizou muitas curas e estas quase sempre eram feitas na presença de outras pessoas (Atos 10.38). Os doentes eram curados quando tratados com compaixão e bondade, facilitando a convivência (Marcos 1.41). Isso foi chamado de terapia do ambiente. A ajuda em grupo é eficaz (Atos 2.44-46; 4.32-34). Para isso ocorrer é preciso que os envolvidos cedam e se desarmem (Atos 4.32).
RELACIONAMENTO DE AJUDA
A terapia do ambiente e a comunidade terapêutica: (Atos 2. 44-46; 4.32-35)
1- Atividades conjuntas favorecem a cura;
2- É necessário que o que está sendo ajudado receba responsabilidades;
3- Necessário se faz que todos tenham a mesma importância;
4- A cura se processa mais rápido quando o ambiente é aberto e tranquilo;
5- Por fim, deve haver uma comunicação franca e direta, onde os problemas são resolvidos e não protelados.
Fazer parte de um grupo coeso e curador onde os membros podem se expressar e ser influenciados. Isso é a IGREJA onde todos deveriam participar e não só uns poucos. Jesus foi e ainda é um modelo para os outros. É isso que devemos ser.
O objetivo da igreja além de ganhar novos membros, elaborar programas, fazer política e novas construções, deve ser o de apoiar emocionalmente os participantes (João 14.1).
A igreja é um corpo onde os crentes se dedicam a Jesus e uns aos outros. A Igreja recebeu dons que numa linha geral têm dois objetivos principais:
a-) preparar os crentes para o serviço cristão; e
b-) favorecer a convivência entre os membros do corpo.
A igreja é, portanto, um corpo unido de crentes que crescem e ministram uns aos outros dentro e fora do ambiente em que vivem. (Atos 2.47)
A igreja sadia providência (Mateus 21.26-28):
1- comunhão - que é um relacionamento não vazio, em profundidade e com conteúdo. A comunhão surgir porque as pessoas eram dedicadas a Cristo. Ela é e tem um potencial para prover ajuda terapêutica para os crentes e não centres;
2- serviço - fomos chamados para servir e sermos submissos uns aos outros. Essa é a forma de sermos grandes na igreja. Não podemos ser egocêntricos. Devemos nos centrar nos outros. Esse é o verdadeiro sentido da Koinonia (comunhão);
3- Amor - essa é a marca fundamental e genuína do verdadeiro cristão. O amor tem diversas qualidades: é paciente e bondoso; nunca é invejoso ou egoísta, tampouco rude. O amor nao exige que se faça o que ele quer. O amor é o maior agente terapêutico. O amor ágape leve tempo e pode ser contrário à nossa conveniência.
4- Crescer e amadurecer são o alvo da igreja. Uma comunidade madura e crescida favorece (Salmos 133; Atos 4.29-31);
- o pertencer e a comunhão;
- o interesse pelo relacionamento comum;
- o aconselhamento e a ajuda aos necessitados;
- o envolvimento dos membros no serviço;
- o amor entre as pessoas;
- a confissão e a dedicação a um Cristo soberano;
- a estabilidade e a maturidade espiritual e psicológica;
- a aceitação dos que chegam ainda que com defeitos.
O QUE PODE ATRAPALHAR A AJUDA NA IGREJA:
1- Lucas 15.12 - Isolamento: queremos aconchego e resistemos a isso. Somos confusos. Ao mesmo tempo em que queremos intimidade queremos privacidade. Não queremos ficar ligados e compromissados com a igreja. Devemos voltar ao primeiro amor - Koinonia;
2- Atos 5.3 - Insinceridade: Queremos ser o que não somos. Isso é hiprocrisia. Jesus censurou isso. Esse seria o comportamento dos últimos dias, conforme disse Paulo a Timóteo. A paralavra "impostor" quando diz respeito aos outros até pensamento que não faz mal, porém, quando se refere a nós, soa tão ruim. Treinamos os nossos filhos para serem desonestos desde o berço. O resultado é que nossas igrejas estão repletas de pessoas frustradas. Em suma: Não somoso que somos porque pensamos sobre o que os outros vão pensar de nós. SEJAMOS AUTÊNTICOS E HONESTOS;
3- Provérbios 24.11,12 - Inatividade: Preferimos ser expectadores em vez de participantes. Deixamos tudo para o pastor ou alguns pouco obreiros, quando, na verdade, eles deveriam ser treinadores e não jogadores. Alguns alegam não fazer por não saberem ou são desajeitados e não sabem por que estão separados dos outros. A hora de ajudar é aquela em que as pessoas estão precisando de ajuda, independentemente de ser um problema socialmente aceitável ou um tabú;
4- João 16.33 - Humanismo interpessoal: Por fim, temos o humanismo interpessoal que é diferente da teologia interpessoal. Não devemos esquecer : SOMOS CRENTES, MAS ESTAMOS SUJEITOS AOS PROBLEMAS DA VIDA. UMA DIFERENÇA É QUE TEMOS JESUS AO NOSSO LADO. Devemos, portanto, viver e demonstrar um evangelho prático e de apoio. O humanismo deixa de lado o evangelho e enfatiza a simples ajuda humana, que pratica apenas o amor ao próximo que é o 2 mandamento. A teologia interpessoal enfatiza como podemos ser cristãos solidários com as fraquezas e necessidades dopróximo, cumpre o 1 e o 2 mandamentos (Mateus 22.34-40).
Finalizamos dizendo que desde o início a igreja foi uma comunidade de ajuda mútua e devemos voltar às origens. O SÁBADO FOI FEITO POR CAUSA DO HOMEM E NÃO O HOMEM POR CAUSA DO SÁBADO (Marcos 2.27).
