COLESTEROL E PRESSÃO ALTA -



VILÕES DA SAÚDE - por EGLE LEONARDI - Primeira Parte

Doenças do coração e derrames estão intimamente ligados a esses dois problemas, que podem ser evitados com dieta regular, exercícios físicos e medicamentos adequados.

Estima-se que 40 milhões de brasileiros sofram de hipertensão arterial (pressão alta), e 45 milhões sejam acometidos pelo índice elevado de gordura no sangue, conhecido como colesterol alto.
Deste universo, metade não sabe que possui tais enfermidades; 25% sabem, mas não fazem tratamento; e apenas 25% seguem o procedimento terapêutico adequadamente.
A pressão e o colesterol excessivo (direitamente relacionados) são os principais fatores de risco para desenvolvimento de problemas cardiovasculares, como infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC), derrames; todos males causadores de morte no Brasil. A situção torna-se ainda mais séria por que a progessão desses males é silenciosa assistomática. As graves consequências, porém, podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam a sua condição e sigam o tratamento. O ideal é que a hipertensão e o colesterol alto sejam cuidados por equipe multidisciplinar. Dessa forma, o paciente teria acesso, além do apoio médico, à orientação nutricional e à atividade física.
A hipertensão, vale dizer, compromete todo o organismo, mas ataca principalmente os vasos sangüíneos, o coração, o cérebro, o sistema oftalmológico e pode causar paralisação dos rins. O processo ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140/90mmHg (em milímetros de mercúrio). Em 90% dos casos, a origem é hereditária, mas pode ocorrer também por envelhecimento, obesidade e raça, já que os negros são mais propensos à enfermidade. No entanto, há outros fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como fumo, ingestão de bebidas alcoólica, estresse, grande consumo de sal, falta de atividade física e altos níveis de colesterol. "Trata-se de uma doença da vida moderna que causa grandes complicações para o cérebro e o coração", revela o chefe da Disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Olzon Monteiro da Silva.
Para entender melhor como tudo ocorre, basta lembrar que o sangue é bombeado pelo coração para todo o corpo por meio das artérias.
Pressao é a força que a corrente sanguínea exerce contra as paredes dessas artérias. Assim, ela é mais elevada quando o órgão pulsa para enviar o sanue, sendo chamada de sistolólica (popularmente conhecida como alta). Quando ele está relaxado entre os batimentos, a pressão arterial cai. Esta é a diastólica (baixa. Considera-se normal a diastólica entre 60 e 80 mmHg e sistólica entre 110 e 140 mmHg. Qunando há desequilibrio e essas medidas se modificam demais, a moléstia pode ocasioar infarto, insuficiência cardiaca (aumento do coração), angina (dor no peito), além de insuficiência renal ou paralisação dos rins e alterações na visão, que podem levar à cegueira.
"Quando o paciente se cuida, há uma diminuição d risco de 40% para casos de acidentes vasculares cerebrais e de 25% para doenás coronarianas. Isso requer intensificação nos níveis de tratamento", explica a médica, primeira-secretária da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Frida Plaunik.

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