Salmos 126.

Salmos 126.


1. Introdução.


Escrito pelo Rei Ezequias, o Salmos 126, traz em seu contexto, um título muito curioso: A graça e a fidelidade de Deus.
Neste, a graça é apresentada como um favor imerecido da parte dos homens, mas merecido por parte de Deus e a fidelidade é descrita como, a observância da fé.
Quando começamos a estudar este tema, logo nos vem à mente, uma afirmação: - Não há como entendermos a graça, sem antes, termos compreendido, o significado da fidelidade. E por quê?
Porque a verdadeira fidelidade é a observância da fé e nela, a graça é descrita como uma aliança.
Não uma aliança qualquer, mas, a aliança de Deus, com os seus servos, representada em todos os instantes, pelas livres promessas da Sua parte.
A Bíblia afirma que, a graça entrou no mundo por meio de Cristo e isto não se discute. Porém, insisto que, isso não significa que ela, já não existia. Ela podia não estar em primeiro plano, mas já existia.


2. Transformação do cativeiro, em liberdade.

As palavras iniciais são importantes para entendermos uma das mais belas histórias da Bíblia: a da transformação do cativeiro, em liberdade. Apenas gostaria de pedir que, fosse feita a leitura do Salmo 137.
Tido por muitos como, o complemento do 126 (cento e vinte e seis), ele é nomenclaturado como, a Tristeza dos Exilados e expressa o lamento e o estado emocional e espiritual dos exilados, junto aos rios da Babilônia, demonstrando que a situação, naqueles dias, era tão grave que, muitos já haviam pendurado as suas harpas nos salgueiros.
Em jargão popular, haviam, pendurado as chuteiras. Havia dor e sofrimento.
Mesmo que houvesse a insistência de seus algozes para que louvassem, eles mencionavam: - Como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha?
Uma coisa é você abrir os lábios para cantar, mas outra é você abri-los para louvar.
O louvor sempre está associado à adoração, à vontade e ao ânimo, visto que é a perfeita materialização do Elogio a Deus. Diferente do cantar que, é só o cumprir de um protocolo. Um pedido, uma obrigação.
Cantar, qualquer um faz. Mas louvar, poucos se habilitam. E por quê? Porque para isso, precisa colocar o coração (Sl 9.1), a alma (Sl 146.1), à vontade e a alegria.
Israel tinha sido ensinada a louvar a Deus e não a cantar. Mesmo que seus opositores insistissem: - Cantem. Eles repetiam: - não dá. Nós, não estamos na terra certa. Nós, não estamos nas condições certas e mais, temos saudades de nossa terra. A amargura, a angústia, o desgosto, nos devora a alma.
A partir daqui, não precisa ser um especialista para concluir que a alegria havia acabado. Diz a Palavra que, quem está alegre louva, mas essa, não era a realidade daqueles.
Querido (a) leitor (a), há um versículo na Bíblia que expressa bem à situação encontrada ali. Salmo 16.11 “... na tua presença, há abundância de alegrias; à tua mão direita há delicias perpetuamente”.
Por eles estarem no cativeiro, estavam: 1- longe do Senhor e de seu regozijo; 2- longe de sua Casa, aonde sempre há motivos para se alegrar; 3- estavam com pecados não confessados.
Dizem as Escrituras que, os loucos zombam do pecado (Pv 14.9). Num primeiro momento não parece, mas o pecado traz muitas tristezas (Sl 38.18).
No caso em tela, o pecado havia contribuído para o sofrimento daqueles e agora, estes homens estavam tomando consciência disto.
Querido (a), se, tem há algo que Deus se atenta é um espírito quebrantado e uma oração sincera:

Leia: Sl 137.5 – se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha destra da sua destreza; 6- apegue-se-me a língua ao paladar se não me ti, se não preferir Jerusalém minha maior alegria. (grifo nosso)

E por que Jerusalém? Porque Jerusalém é a habitação de paz. Conhecida também, como a Sião, Ariel, A Santa Cidade, Cidade de Justiça. E o seu Rei? ELOHIM, ELOAH, JEHOVAH, KURIOS, DEUS, PAI, FILHO E ESPÍRITO. E seus atributos? Imortal, Imutável, Invisível, Onipotente, Onipresente, Onisciente, Perfeito, Libertador, Salvador, Senhor dos Senhores e ainda, Libertador. Seu caráter? ELE É BOM, COMPASSIVO, FIEL, GLORIOSO, JUSTO, GRANDE, LONGÂNIMO, LUZ, MISERICORDIOSO, SANTO, SÁBIO, ZELOSO E RETO.

Afirmar que não havia graça no tempo antigo, é o mesmo que dizer: - Eles vão ser provados; serão levados a cativeiro e Deus os esquecerá lá!!
Se há uma verdade, é essa: - Por mais difícil que seja o local aonde você está; por mais que seja profunda a cova que você tem estado, DEUS NÃO TE ESQUECERÁ LÁ

Quando o Senhor ouviu a oração DAQUELE POVO, creio que o Seu coração se moveu e Ele disse: É O MEU POVO. ESTÃO ME QUERENDO. É O MEU POVO, ESTÃO ME CHAMANDO. É O MEU POVO E ESTÃO SE LEMBRANDO DE MIM. É O MEU POVO E ESTÃO ME ADORANDO.
EU AINDA TENHO PROMESSAS PARA ELES. POVO MEU, PREPARA AS MALAS, ESTOU ENVIANDO A VÓS CIRO e a libertação ocorrerá.

Quando a liberdade se tornou realidade, diz o versículo primeiro do Salmo 126 o seguinte: quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estavam como os que sonhavam. (abobados; atordoados).

Quando o Senhor nos socorre é assim que nos sentimos. Num estante estamos aflito, mas no outro, saímos saltando de alegria, por seus feitos.

v.2 Então a nossa boca se encheu de risos, e a nossa língua, de cânticos: então, se dizia entre as nações: GRANDES COSAS FEZ A ESTES.

A alegria voltou e eles agora, podiam louvar. O cântico havia voltado a seus lábios e corações.

Amigo (a), em todos esses anos, a graça do Senhor esteve lhe observando. Assim, restaure a fidelidade com ELE e a fé brotará em seu coração.
Apesar de existirem épocas em nossas vidas que andamos e choramos, quando Deus no socorre, nossas dúvidas se acabam. É hora de aproveitar a graça e a fidelidade de Deus. Pense nisso.


Pr. Dr. Tiago Pessoa


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